terça-feira, 30 de março de 2010


Biodiversidade da Amazônia

A falta de um sistema padronizado de geração, organização, análise e disseminação de informações científicas sobre a biodiversidade da Amazônia é uma das principais lacunas para a definição de políticas públicas consistentes de conservação e uso sustentável dos recursos biológicos da região.
A Conservação internacional, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), um dos mais tradicionais institutos de pesquisa da região, e outros centros de pesquisa da Amazônia estabeleceram em 2002 parcerias para desenvolver um projeto de longo prazo intitulado Biodiversidade da Amazônia, que tem por objetivos:
• a realização de inventários biológicos rápidos em áreas altamente ameaçadas;
• o desenvolvimento e teste de tecnologias para inventários biológicos em florestas tropicais;
• a organização, manutenção e disseminação das informações existentes em coleções biológicas;
• o mapeamento da distribuição da biodiversidade;
• o desenvolvimento de um sistema de avaliação do estado de conservação de espécies;
• o desenvolvimento de um sistema de apoio à implementação e gestão de áreas protegidas;
• a capacitação de recursos humanos em pesquisas sobre biodiversidade e biologia da conservação;
• a disseminação do conhecimento sobre a biodiversidade regional para o público em geral.
As informações coletadas pelo projeto são apresentadas em workshops, documentos elaborados em conjunto e publicações.
Um exemplo destas parcerias foi a elaboração do documento “Transformando o Arco do Desmatamento no Arco do Desenvolvimento Sustentável: Uma Proposta de Ações Emergenciais”, elaborado pela CI-Brasil e o Museu Goeldi. O documento – entregue à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva em junho de 2003 - discute alternativas para minimizar o descontrolado desmatamento em algumas regiões da Amazônia.

AMAZONIA

A Amazônia é a região de maior biodiversidade do planeta e está entre as maiores Regiões Naturais em área florestal, apenas atrás das imensas florestas boreais da Rússia, Canadá e Alasca, que se estendem por dois continentes.

A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo e abriga cerca de 50% da biodiversidade do planeta. Existem pelo menos 45.000 espécies de plantas, 1.800 espécies de borboletas, 150 espécies de morcegos, 1.300 espécies de peixes de água doce, 163 espécies de anfíbios, 305 espécies de serpentes, 1.000 espécies de aves e 311 de mamíferos.

A maior parte da floresta, 70%, está na Amazônia brasileira. A população estimada é cerca de 20 milhões de pessoas.

Ao longo das últimas décadas, a Amazônia vem sendo ocupada de forma desordenada, sem respeito às populações tradicionais e sem nenhum planejamento baseado em critérios científicos. Devido a isso, 20% da área amazônica já sofreu degradação e algumas áreas já apresentam características de hostspots.

Em 2001 foi criado o Programa Amazônia da CI-Brasil com escritório em Belém. Antes, a organização atuava de forma indireta, através de parcerias com outras instituições da região.

Os projetos são desenvolvidos dentro de quatro Corredores de Biodiversidade: o Corredor do Amapá, Corredor Ecótonos Sul da Amazônia, Corredor Sul Amazônico e Corredor Central.

As comunidades tradicionais têm um papel fundamental para conservação do meio ambiente. A CI-Brasil em parceria com a FUNAI, a Associação Floresta Protegida e o Instituto Raoni trabalham junto a 12 comunidades Kayapó, apoiando atividades de vigilância territorial e o desenvolvimento de alternativas para geração de renda que sejam sustentáveis economicamente, socialmente e ecologicamente.

quinta-feira, 25 de março de 2010

LAMBIENTAL

LAmbiental

Assessoria Ambiental

GRÃ-BRETANHA LANÇA PROGRAMA PARA RECICLAR FRALDAS DESCARTÁVEIS

Posted by Lucas Santos on outubro 20, 2009
Posted under Meio Ambiente
RECVárias cidades britânicas poderão adotar um esquema para reciclar milhares de toneladas de fraldas descartáveis usadas, transformando-as em produtos que vão de telhas a capacetes para ciclistas. O metano extraído as fraldas é transformado em gás, usado para a geração de energia.
A primeira usina, em Birmigham, deverá entrar em operações em meados de 2010, e estão em discussão planos para outras instalações do tipo nas cidades de Manchester, Liverpool e Londres até 2014.
A usina de Birmigham, que custa o equivalente a US$ 17 milhões, deverá processar 36 mil toneladas de fraldas descartáveis por ano, de acordo com sua operadora, a empresa canadense Knowaste.
As fraldas contém plásticos, fibras, celulose e polímeros absorventes e, de cada tonelada de fraldas reciclada, podem ser extraídos 400 quilos de celulose e 145 metros cúbicos de gás, segundo a Knowaste.
Os bebês usam em média mais de 3,6 mil fraldas até que aprendem a usar o banheiro. Estima-se que um total de 800 mil toneladas de fraldas por ano – usadas por bebês e pessoas com incontinência – acabam em aterros sanitários na Grã-Bretanha.
Nesses locais, as fraldas podem levar até 500 anos para se decompor, segundo a Knowaste.
A empresa ressalta que os produtos criados a partir da reciclagem são seguros de usar. As fraldas que entrarem na usina serão retalhadas e lavadas. A polpa resultante será tratada quimicamente para que sejam desativados o gel absorvente e para a remoção do plástico.
A Knowaste já abriu usinas semelhantes no Canadá e na Holanda.
Fonte: www.g1.com.b

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BOLSA VERDE

quarta-feira, 24 de março de 2010

Na defesa do Meio Ambiente, Aécio Neves cria o programa inédito, o " Bolsa Verde" que incentiva finaceiramente pequenos agricultores a preservarem matas e rios de sua propriedades


Bolsa Verde

Durante o enceramento dos eventos relativos a  " Semana das Aguas " , onde , o governador Aécio Neves,  também lançou o programa Bolsa Verde no Estado, um incentivo financeiro a ser concedido aos pequenos e médios agricultores ou posseiros que preservam a mata nativa de suas propriedades. O agricultor Ailton Moura Nobre, de Governador Valadares, foi o primeiro beneficiado pelo projeto, e recebeu do governador uma placa alusiva às suas ações a favor do meio ambiente.

O Programa Bolsa Verde foi aprovado em 2008 pela Lei Estadual nº 17.727 e tem por objetivo premiar e estimular os proprietários rurais de Minas que contribuem para a conservação da biodiversidade, áreas ciliares e proteção das áreas de recarga hídrica em suas propriedades.

A estimativa de aplicação, em 2010, é de R$ 7,2 milhões provenientes do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro) para pagamento pela preservação de cerca de 25 mil hectares. Recursos provenientes do montante das multas aplicadas em função de infrações à Lei nº 14.309 também serão incorporados ao programa.

quarta-feira, 24 de março de 2010

MATA ATLANTICA


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Titulo Mata 
Atlantica

 

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participar.

Saiba mais sobre o equipe da TNC no Brasil, e como se pode apoiar a conservação no Brasil.

Onde atuamos

A TNC também trabalha na Caatinga, no Cerrado, no Pantanal, e na Amazônia. Saiba mais sobre os lugares que protegemos.

TNC lança campanha para plantar um bilhão de árvores
Pau Brasil
 

A campanha “Plant a Billion Trees” da TNC apoiará o plantio de um bilhão de árvores nativas em aproximadamente 1 milhão de hectares e, espera ajudar a conectar alguns milhões de hectares, contribuindo assim para a formação de corredores de biodiversidade.

Mata 
Atlantica

Há quinhentos anos, a Mata Atlântica cobria aproximadamente 1,3 milhões de quilômetros quadrados, mas hoje, mais de 92% de suas florestas foram devastadas e os remanescentes estão altamente fragmentados.

Por ser uma das florestas mais ricas e ameaçadas do planeta, a Mata Atlântica é umas das prioridades globais em termos de conservação. Mesmo sendo apenas uma fração do tamanho da grandiosa Floresta Amazônica, a Mata Atlântica abriga uma gama de diversidade biológica similar.
Localização
A região de domínio da Mata Atlântica estende-se em faixas que vão desde o nordeste até o sul do Brasil, além do norte da Argentina e sudoeste do Paraguai.

Na porção do nordeste brasileiro, a floresta ocupa uma estreita faixa costeira que não excede 64 km de largura, enquanto que no sul, estende-se desde o litoral por 322 km em direção ao interior do país.
Principais Tipos de Hábitats
Floresta Tropical Úmida
Campos/Savanas Tropicais

Animais

A Mata Atlântica abriga em torno de 2.200 espécies de pássaros, mamíferos, répteis e anfíbios – 5% de todos os vertebrados da Terra. Vivem ali 60% de todas as espécies animais ameaçadas do Brasil, incluindo quase 200 espécies de pássaros que não são encontradas em nenhum outro lugar.
O Brasil como um todo é um dos líderes mundiais em diversidade de primatas, com 77 espécies e subespécies identificadas até o presente. Destas, 26 encontram-se na Floresta Atlântica, das quais 21 somente são encontradas ali.
Algumas das espécies mais carismáticas da Mata Atlântica incluem o mico-leão-dourado, o muriqui, o papagaio-da-cara-roxa e a preguiça-preta.

Plantas

A Mata Atlântica também apresenta em torno de 20.000 espécies de plantas, representando 8% do total existente no planeta. Nos anos 90, pesquisadores do New York Botanical Garden contaram 458 espécies arbóreas em 2,5 acres – mais do que o dobro do número de árvores em toda a costa leste dos E.U.A. E novas espécies da flora e da fauna continuam a ser descobertas.
A estrutura florestal da Mata Atlântica apresenta múltiplos estratos de vegetação que sustentam uma miscelânea de vegetação extremamente rica, a qual inclui uma espantosa diversidade de samambaias, musgos e epífitas (“plantas aéreas”, ou seja, plantas que prendem-se a outras) como lianas, orquídeas e bromélias.

Porque a TNC trabalha aqui

Os remanescentes 7% da Mata Atlântica encontram-se entre as florestas de mais rica biodiversidade do mundo e apresentam um grande número de espécies que não podem ser encontrados em nenhum outro lugar do planeta.
Entretanto, essas porções de floresta se encontram altamente fragmentadas, formando pequenas ilhas de vegetação em meio a paisagem dominada pela agropecuária e cidades. Devolver a conexão entre esses fragmentos de florestas isolados é um dos grandes desafio para a conservação da Floresta Atlântica.
As principais ameaças constantes a estes fragmentos incluem:
     • Extração ilegal de madeira e outras atividades extrativas de espécies lenhosas valiosas
     • Conversão de terras em pastagens, campos agrícolas e plantações florestais
     •Expansão urbana e loteamentos para regiões suburbanas
Estes fatores não só ameaçam a diversidade biológica da Mata Atlântica, mas também as comunidades tradicionais rurais de baixa renda que ali vivem e cuja subsistência está diretamente ligada à conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais.
A costa leste brasileira sempre concentrou a maior parcela da  população e da indústria. É onde vive, atualmente, 75% da população do país, incluindo mega-cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, e representa 70% de sua produção industrial. A Mata Atlântica teve, portanto, que suportar grande parte do impacto do crescimento populacional desde que os europeus primeiro chegaram no Brasil em 1500. Hoje, menos de 2% de todo o bioma está sob alguma forma de proteção.

O que a TNC tem feito

Devido ao estado fragmentado da Mata Atlântica, a conservação efetiva é altamente dependente de um planejamento em larga escala, visando reconectar estes remanescentes isolados.

O objetivo da TNC é criar reservas de floresta primária (que ainda não foram alteradas pelo homem) ou secundária (que sofreram alteração parcial ou estão se recuperando) com regiões de entorno trabalháveis. A meta final é reconectar estas áreas através de iniciativas de reflorestamento que, ao mesmo tempo, promovam a geração de renda sustentável para as comunidades locais.
O Programa de Conservação para a Mata Atlântica vem implementando suas ações em cinco ecorregiões prioritárias:
     • Florestas Costeiras da Bahia
     • Florestas Costeiras de Pernambuco
     • Florestas Costeiras da Serra do Mar
     • Florestas Com Araucárias
     • Floresta do Alto Paraná
Trabalhando junto à organizações locais parceiras, a TNC emprega as seguintes estratégias à Mata Atlântica:
     • Proteção e criação de áreas públicas
     • Criação de reservas privadas
     • Reflorestamento de áreas degradadas
     • Implementação de mecanismos financeiros criativos para manter as fontes
       de financiamento da conservação
Tais estratégias são apoiadas por políticas públicas, pelo desenvolvimento institucional através de parcerias e pelo envolvimento da população.

PROJETO CONTRIBUI PARA A REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL

Guaraquecaba forest

Um dos primeiros projetos de seqüestro de carbono e de redução de emissões dos gases do efeito estufa por desmatamento e degradação (REDD) no Brasil, o projeto Contra o Aquecimento Global em Guaraqueçaba, no Estado do Paraná, está comemorando dez anos de importantes conquistas.
Formada por três projetos de carbono (reservas Morro da Mina, Rio Cachoeira e Serra do Itaqui) a iniciativa é resultado do trabalho da The Nature Conservancy (TNC) em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), proprietária das três reservas e responsável pela implantação do projeto. A iniciativa conta com recursos e apoio da General Motors, da Chevron Texaco e da American Electric Power.
Embora hoje os projetos de seqüestro carbono e REDD sejam comuns em todo o mundo, o projeto Contra o Aquecimento Global em Guaraqueçaba, um dos primeiros no Brasil, surgiu quando poucos sabiam o que era seqüestro de carbono. Desde então, o projeto tem tido impacto mensurável na redução de emissões de carbono e na remoção de carbono da atmosfera, servindo como lição e experiência para futuras atividades de REDD e projetos de sequestro de carbono.

Trilha pioneira

“Temos muito orgulho de termos sido pioneiros em projetos de seqüestro de carbono e de desmatamento evitado, não somente no Brasil, mas em todo o mundo”, diz Miguel Calmon, diretor do Programa de Florestas e Clima da TNC para a América Latina, e que tem estado envolvido com os projetos de Guaraqueçaba desde sua concepção.
“Não foi fácil e, por se tratar de um trabalho muito novo, tivemos que aprender fazendo ao longo do caminho”, continua Calmon. “Apesar disso, ajudamos a colocar em funcionamento o projeto que tem demonstrado o potencial de remoção e redução de emissões de dióxido de carbono nos primeiros dez anos de projeto.

Resultados: Carbono

Pelas emissões evitadas de aproximadamente 370 mil toneladas de dióxido de carbono através da proteção de florestas em vários estágios de conservação e pela remoção de 860 mil toneladas de carbono da atmosfera através da restauração de áreas degradadas, o projeto Contra o Aquecimento Global em Guaraqueçaba deve reduzir a emissão e remover um total de 1,2 milhões de toneladas de carbono durante seus 40 anos de vida.
Entendendo que aproximadamente 15-20% das emissões globais de carbono vêm do desmatamento e degradação florestal, a TNC e parceiros têm ajudado a desenvolver projetos ao redor do mundo com o objetivo de reduzir emissões provenientes do desmatamento e degradação florestal, assim como remover carbono através da restauração de florestas tropicais.

Resultados: Conservação Natural

Apesar de sequestrar e reduzir a emissão de 1,2 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, o projeto Contra o Aquecimento Global em Guaraqueçaba busca preservar remanescentes de uma das florestas tropicais mais ameaçada do planeta, a Mata Atlântica.
Sujeita ao desmatamento para o desenvolvimento urbano e produção agropecuária por mais de 100 anos, a Mata Atlântica —que se compara à floresta Amazônica em termos de biodiversidade —foi reduzida a aproximadamente 7% do seu tamanho original.
Na área do projeto em Guaraqueçaba, imagens de satélite mostram que florestas foram desmatadas e degradadas para a introdução de búfalos da Ásia e uma espécie invasora de capim da África. Com as áreas do projeto protegidas em três reservas separadas, parte da Mata Atlântica, que de outra forma estaria sendo destruída e degradada, está sendo conservada e restaurada e ao mesmo tempo constribuindo para a mitigação do aquecimento global através da remoção e redução das emissões de carbono para a atmosfera.
O projeto também tem ajudado a conservar e restaurar mais de 300 mil hectares de Mata Atlântica altamente vulnerável que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçada, assim preservando habitats para milhares de espécies de plantas e animais, incluindo onça, anta, centenas de espécies de pássaros e mais de mil espécies de plantas.
O projeto, além de apoiar a criação de novas reservas particulares (RPPNs) e com isso garantindo a proteção de 17 mil hectares de Mata Atlântica, promoveu também o  plantio 650 mil mudas e a restauração de 1.500 hectares.

Resultados: Comunidades

O projeto Contra o Aquecimento Global em Guaraqueçaba prova que o que é bom para a natureza também é bom para as pessoas.

“Para nós é muito importante garantir que as pessoas da localidade façam parte deste esforço de estar conservando e restaurando a floresta na APA de Guaraqueçaba”, disse Calmon. O projeto criou emprego direto para 45 pessoas da localidade, apoiando o desenvolvimento de negócios de produção de mel, plantação de banana orgânica, operação de ecoturismo e implantação de cooperativas de mulheres para a produção de artesanato e confecção de roupas.
Além de criar empregos locais e gerar renda, o projeto também deu suporte para a construção de um Centro de Educação Ambiental, que já atendeu mais de 8 mil visitantes. A equipe do Centro trabalhou temas como a importância da conservação da Mata Atlântica e da remoção do carbono da atmosfera.

Além de ter investido aproximadamente R$ 2 milhões em Antonia e Guaraqueçaba durante os últimos 10 anos, o projeto viabilizou o repasse de recursos do ICMS Ecológico para estes municípios através da criação de RPPNs.

terça-feira, 23 de março de 2010

ibama


23 / 03 / 2010 Policiais e agentes do Ibama fazem apreensão de animais silvestres no DF

Após três meses de investigação, a Polícia Militar e o Ibama realizaram operação contra o comércio ilegal de animais silvestres no Distrito Federal no último final de semana. Foram apreendidos mais de 120 pássaros e outros bichos em casas de Samambaia, cidade próxima a Brasília.

Em um conjunto da Quadra 425, alguns animais ficavam na rua. O dono de uma das casas da quadra disse que tinha autorização do Ibama para criar as aves. Mas a permissão era apenas para alguns pássaros. A poucos metros, o irmão dele também mantinha em cativeiro pássaros de várias espécies, inclusive um papagaio. Os policiais encontraram o dono da casa em uma rua perto com duas gaiolas no carro. Primeiro, ele negou que vendesse os animais. Disse apenas que gostava de criar. Depois, acabou admitindo.

Em outra rua, os policiais chegaram quando um suposto comprador fechava negócio. No último andar da casa foram encontrados pássaros de diversas espécies. Além das aves, os policiais encontraram também munição de vários calibres. Em outra casa, mais de 28 gaiolas.

Participaram da Operação Natureza 55 policiais militares e quatro agentes do Ibama. “Tivemos 128 pássaros silvestres apreendidos, um jabuti e dez pessoas detidas”, disse o tenente-coronel Gilson, comandante do 11º Batalhão.

A princípio, nenhum deles tinha autorização e os que têm autorização, mas também apresentam pássaros fora da legalidade, estão burlando o sistema de criação de pássaros. A cada pássaro que a gente consegue apreender e que está sendo vendido na rua, nove morrem em função do processo de captura e venda”, disse a agente do Ibama, Ana Paula Inglez.

Todas as pessoas detidas vão responder por crime contra a fauna. Eles podem pegar de seis meses a um ano de cadeia e multa por cada animal apreendido. Os bichos vão ser examinados por veterinários do Ibama. Os que tiverem condições vão ser soltos e os que não tiverem, serão encaminhados para criadores autorizados. (Fonte: G1)

dia internacional da agua

Dia Mundial da Água
A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a resolução A/RES/47/193 de 22 de fevereiro de 1993, através da qual 22 de março de cada ano seria declarado Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 93, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (sobre recursos hídricos) da Agenda 21. E através da Lei n.º 10.670, de 14 de maio de 2003, o Congresso Nacional Brasileiro instituiu o Dia Nacional da Água na mesma data.

Os Estados foram convidados, como fosse mais apropriado no contexto nacional, a dedicar o Dia a atividades concretas que promovessem a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações da Agenda 21.
No mês em que se comemora o Dia Mundial da Água, é preciso lembrar que, em diversos lugares do planeta, milhares de pessoas já sofrem com a falta desse bem essencial à vida.
A água é um bem precioso e insubstituível. É um elemento da natureza, um recurso natural. Na natureza podemos encontrar a água em três estados: sólido (gelo), gasoso (vapor) e líquido. Ainda classificando a água ela pode ser: doce, salobra e salgada.
É de domínio público e de vital importância para a existência da própria vida na Terra. A água é um recurso natural que propicia saúde, conforto e riqueza ao homem, por meio de seus incontáveis usos, dos quais se destacam o abastecimento das populações, a irrigação, a produção de energia, o lazer, a navegação.
De acordo com a “Gestão dos Recursos Naturais da Agenda 21, a água pode ainda assumir funções básicas, como:
- Biológica: constituição celular de animais e vegetais.
- Natural: meio de vida e elemento integrante dos ecossistemas.
- Técnica: aproveitada pelo homem através das propriedades hidrostática, hidrodinâmica, termodinâmica entre outros fatores para a produção.
- Simbólica: valores culturais e sociais.
Muito se fala em falta de água e que, num futuro próximo, teremos uma guerra em busca de água potável. O Brasil é um país privilegiado, pois aqui estão 11,6% de toda a água doce do planeta. Aqui também se encontram o maior rio do mundo - o Amazonas - e o maior reservatório de água subterrânea do planeta - o Sistema Aqüífero Guarani.

No entanto, essa água está mal distribuída: 70% das águas doces do Brasil estão na Amazônia, onde vivem apenas 7% da população. Essa distribuição irregular deixa apenas 3% de água para o Nordeste. Essa é a causa do problema de escassez de água verificado em alguns pontos do país. Em Pernambuco existem apenas 1.320 litros de água por ano por habitante e no Distrito Federal essa média é de 1.700 litros, quando o recomendado são 2.000 litros.
Mas, ainda assim, não se chega nem próximo à situação de países como Egito, África do Sul, Síria, Jordânia, Israel, Líbano, Haiti, Turquia, Paquistão, Iraque e Índia, onde os problemas com recursos hídricos já chegam a níveis críticos.  Em todo o mundo, domina uma cultura de desperdício de água, pois ainda se acredita que ela é um recurso natural ilimitado. O que se deve saber é que apesar de haver 1,3 milhão de km\3 livre na Terra, segundo dados do Ministério Público Federal, nem sequer 1% desse total pode ser economicamente utilizado, sendo que 97% dessa água se encontra em áreas subterrâneas, formando os aqüíferos, ainda inacessíveis pelas tecnologias existentes. 
Políticas públicas e um melhor gerenciamento dos recursos hídricos em todos os países tornam-se hoje essenciais para a manutenção da qualidade de vida dos povos. Se o problema de escassez já existente em algumas regiões não for resolvido, ele se tornará um entrave à continuidade do desenvolvimento do país, resultando em problemas sociais, de saúde, entre outros. 
O país está tomando medidas concretas para impedir esse futuro, entre elas a criação da Agência Nacional de Águas, a sobreposição do rio São Francisco, adoção de técnicas de reuso de água e construção de infra-estrutura de saneamento, já que hoje 90% do esgoto produzido no país é despejado em rios, lagos e mares sem nenhum tratamento.
Segundo a Organização das Nações Unidas - ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela sua contaminação. Assim sendo, o rápido crescimento da população mundial e a crescente poluição, causado também pela industrialização, torna a água o recurso natural mais estratégico de qualquer país do mundo.
Para cada 1.000 litros de água utilizados, outros 10 mil são poluídos. Segundo a ONU, parece estar cada vez mais difícil se conseguir água para todos, principalmente nos países em desenvolvimento. Dados do International Water Management Institute - IWMI mostram que, no ano de 2025, 1.8 bilhão de pessoas de diversos países deverão viver em absoluta falta de água, o que equivale a mais de 30% da população mundial. Diante dessa constatação, cabe lembrar que a água limpa e acessível se constitui em um elemento indispensável para a vida humana e que, para se tê-la no futuro, é preciso protegê-la para evitar o futuro caótico previsto para a humanidade, quando homens de todos os continentes travarão guerras em busca de um elemento antes tão abundante: a água. 
Devido à grande expansão urbanística, a industrialização, a agricultura e a pecuária intensivas e ainda à produção de energia elétrica - que estão estreitamente associadas à elevação do nível de vida e ao crescimento populacional - crescentes quantidades de água passaram a ser exigidas.
As crescentes necessidades de água, a limitação dos recursos hídricos, os conflitos entre alguns usos e os prejuízos causados pelo excesso de água exigem um planejamento bem elaborado pelos órgãos governamentais, estaduais e municipais, visando técnicas de melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Além das responsabilidades públicas, cada cidadão tem o direito de usufruir da água mas o dever de preservá-la, utilizando-a de maneira consciente, sem desperdícios, assim dando o valor devido à água.
Use a água racionalmente, a fonte não pode secar!

A IMPORTANCIA DOS PAMPAS

Rico e diverso, o Pampa gaúcho é o bioma menos protegido do Brasil

Ilustre desconhecido http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.notitia.presentation.ImageServlet O Pampa, privilégio apenas dos gaúchos, uruguaios e argentinos, tão div

18 de Julho de 2007. Publicado por Lyanne Rehder  


Ilustre desconhecido



http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.notitia.presentation.ImageServlet
O Pampa, privilégio apenas dos gaúchos, uruguaios e argentinos, tão divulgado pelos Centros de Tradição Gaúcha desse mundo afora, é um ilustre desconhecido quando o assunto é seu ambiente natural. Com 178.243 quilômetros quadrados, cobre mais da metade do Rio Grande do Sul e dispõe de uma biodiversidade impressionante: somente em sua porção brasileira ocorrem cerca de três mil espécies de plantas, sendo que só gramíneas são 450 espécies, mais 150 de leguminosas, 70 tipos de cactos, 385 de aves e 90 de mamíferos, conforme levantamentos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Também é no Pampa que fica a maior parte do aqüífero Guarani.
Recentemente, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) se deu conta da sua importância. Com base no Mapeamento da Vegetação Nativa do Bioma Pampa, a equipe de Marina Silva definiu que existem 105 áreas importantes para conservação dos Pampas. A pesquisa verificou remanescentes de 23,03% de campos, 5,38% de florestas e 12,91% de áreas de transição, num total de 73.649,746 quilômetros quadrados – o equivalente a 41,32% do seu território. Quase metade do bioma hoje foi transformado em áreas rurais antrópicas, como plantações e construções. Menos de 1% é ocupado por cidades. Ou seja, ainda há muito ambiente natural para se preservar no Pampa.
Primo pobre
Mas ele é o primo pobre em relação às áreas naturais protegidas no Brasil. É o que tem menor representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), com apenas 0,36% de seu território transformados em áreas de conservação. Existem somente o Parque Estadual do Espinilho e a Reserva Biológica de Ibirapuitã. Ambas com gado solto e um só funcionário, que fica na sede das unidades de conservação, localizadas nas cidades de Quaraí e Alegrete. Quase todos os ecossistemas estritamente pampianos não têm outro tipo de unidade de conservação, nem municipal ou estadual.
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“O Pampa é visto como uma vegetação menos nobre porque apresenta campos naturais, áreas que sempre foram campo, com gramíneas e outras formas de vegetação não lenhosa. Se apenas protegermos as florestas, nunca entenderemos como é a ecologia das espécies de hábito campestre”, desabafa o professor do Laboratório de Geoprocessamento do Centro de Ecologia da UFRGS, Heinrich Hasenack, que foi responsável pelo mapeamento do pampa gaúcho. Esses dados serviram de base para a elaboração do Zoneamento Ambiental para Atividades de Silvicultura pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental, que está sendo contestado pelo governo do estado e pelas empresas Stora Enso, Votorantim Celulose e Papel e Aracruz Celulose, que pretendem fazer extensas plantações de eucalipto no bioma.
O coordenador do Núcleo Mata Atlântica e Pampa do Ministério do Meio Ambiente, Wigold Schäffer, disse que a partir desse levantamento e do zoneamento ecológico econômico do Rio Grande do Sul, o ministério pretende iniciar um processo de estudos para ampliar o número de unidades de conservação ma região no segundo semestre deste ano.
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Tais estudos estão sendo feitos sem que sejam conhecidos os limites do Pampa. As referências que se têm fazem parte de uma versão preliminar do Mapa de Biomas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Shäffer informa que há diversas demandas para mudança do traçado. O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica gaúcho reivindica que ambientes tidos como Pampa permaneçam no bioma Mata Atlântica. “Isso está sendo analisado pelo IBGE e Ministério”, diz o coordenador. “Não se sabe quais são os tipos de campo”, esclarece o geógrafo Heinrich Hasenack. Ele explica que há descrições com diferentes enfoques, mas nenhuma que conjugue as feições da vegetação, do relevo, do clima e da geomorfologia, entre outras características.
Areal
As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à biodiversidade. Um dos ambientes mais interessantes são os areais. São dunas e manchas de areia espalhadas numa área de 5.270 hectares. Atingem dez municípios e invadem o Departamento de Artigas, no Uruguai. Esses ambientes foram erroneamente chamados de desertos, por muitos anos. Hoje podem até ser considerados um ecossistema pampeiro, pois há registros muito antigos da sua existência.
A professora Dirce Maria Suertegaray, do Departamento de Geografia da UFRGS conta que a arenização é um fenômeno natural, mas que foi agravado devido à ação do homem. Ela fez essa descoberta nos anos 80, durante o seu doutorado na USP. Dirce se surpreendeu ao encontrar documentos, de 1816, sobre distribuição de sesmarias na região, que fixam como limite de propriedade um tal Rincão do Areal, hoje distrito de Areal. "Fica claro que o fenômeno é conhecido desde o século 19, muito antes da mecanização da lavoura", relata.
Biodiversidade rica e ignorada
No bioma, que chegou a ser classificado como um “vazio ecológico”, são encontrados mais de 50 plantas forrageiras nativas, entre gramíneas e leguminosas, altamente produtivas. O professor Paulo Brack, também da Botânica da UFRGS, diz que muitas forrageiras nativas do Rio Grande do Sul “são apreciadíssimas nos Estados Unidos, Nova Zelândia e África do Sul, mas aqui elas são quase ignoradas ou combatidas como mato”. Ele explica que essa concepção equivocada fez com que o Brasil importasse plantas forrageiras africanas. Essas espécies se tornaram altamente invasoras, além de serem pouco nutritivas para o gado, como no caso das braquiárias, o capim-colonião e o capim-gordura, que hoje trazem diversos prejuízos para a pecuária. Outro caso lembrado por Brack é a biopirataria de plantas ornamentais, como petúnias, verbenas, cactos, muitas endêmicas dos pampas, que são levadas há décadas, por países como Estados Unidos, Japão, Itália e Alemanha.
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De acordo com José Otávio Neto Gonçalves, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, de Bagé, o estado gaúcho está entre as nove regiões do mundo que ainda possuem áreas de vegetação tipicamente campestre. Um levantamento feito pela Embrapa encontrou mais de 800 espécies de gramíneas e mais de 200 de leguminosas. Mas tudo isso é desperdiçado na medida em que se expande a fronteira agrícola, de silvicultura e pastagens. Segundo Valério Pillar, do Departamento de Ecologia da UFRGS, todo ano são perdidos 136 mil hectares de campos nativos por ano. Apesar disso, o governo estadual tem planos de aumentar de 2% a 5% a atividade da silvicultura na próxima década.
“Se em 366 anos de produção pecuária, o Pampa até hoje permanece, é sinal de que este tipo de exploração tem sustentabilidade ambiental”, argumenta Gonçalves, da Embrapa. O professor Carlos Nabinger, da Faculdade de Agronomia da UFRGS, garante que se for realizado o manejo adequado é possível triplicar o ganho de peso dos animais a custo praticamente zero e de forma ecologicamente correta. “A pastagem natural não cumpre um papel apenas produtivo de carne, leite e lã, ela é sim um recurso multifuncional: preserva a cultura, tem valor turístico e ambiental”, defende.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Projeto de lei visa regulamentar profissão de Técnico de Meio Ambiente

09/01/2008 - 16:27

Projeto de lei visa regulamentar profissão de Técnico de Meio Ambiente

Por Cintia Kappke Medeiros Machado
A Agência Câmara anunciou que tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados um projeto de lei que, se aprovado, deve abrir o mercado de trabalho para os Técnicos de Meio Ambiente. De número 1105/07 e autoria do deputado Alexandre Silveira (PPS-MG), seu objetivo é regulamentar a profissão de Técnico de Meio Ambiente.De acordo com o projeto, considera-se Técnico de Meio Ambiente aquele que se dedica à consultoria técnica relacionada a questões ambientais; à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; e às empresas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora. Também se enquadram na profissão, segundo o texto, aqueles que prestam consultoria a clientes, como profissionais autônomos, e serviço em órgãos públicos, empresas privadas, ONG’s e órgãos que administram parques e reservas ambientais.O projeto estabelece ainda que os técnicos de Meio Ambiente devem ser profissionais qualificados para compreender, tomar decisões, propor soluções sobre os problemas ambientais em toda a sua amplitude e diversidade e devem obrigatoriamente ter formação profissional adequada. Interessados em qualificar-se nessa área podem contar com o Colégio XXV de Abril, que está com matrículas abertas para o curso Técnico em Meio Ambiente.No Colégio XXV de Abril, o curso Técnico em Meio Ambiente tem duração de três semestres. Na matriz curricular há disciplinas como Química e Biologia Aplicadas, Geociências e Cartografia, Legislação Ambiental, Recursos Hídricos e Tratamento de Àgua, Ar e Abastecimento e Gestão de Resíduos Sólidos.Entre as atividades que o aluno pode realizar depois de formado estão a colaboração na implantação e aplicação de sistemas de qualidade ambiental como a ISO 14.000, a elaboração de estudos de poluições ambientais e análise de seus impactos e a identificação dos procedimentos para a concessão de outorga e a exploração sustentável dos recursos naturais, suporte e apoio técnico especializado às atividades dos gestores, analistas e auditores ambientais, entre outras. Mais informações podem ser obtidas pelo telefones 0800 773 4430 e (15) 3531-8484 e no endereço eletrônico www.aie.edu.br/curso/cursos.php?curso=t3.

domingo, 14 de março de 2010

DESERTO BIOLÓGICO

Informações importantes

A pesca, amadora ou profissional, sendo realizada no ambiente marinho, exigirá do pescador conhecimentos oceanográficos, como a geografia submarina, correntes e marés do local da pesca, e biológicos, como os hábitos, habitat e comportamento dos animais marinhos que o mesmo pretende pescar. Esta matéria tem o propósito de fornecer alguns breves conhecimentos sobre oceanografia, biologia marinha e pesca, de modo a dar uma melhor noção e entendimento sobre o ambiente marinho, sua biologia e sua geografia.

-Oceanografia:
A massa de água dos oceanos, na qual todas as criaturas marinhas vivem, pode ser dividida em zonas distintas, onde as formas de vida mudam quase que radicalmente. O sistema de zoneamento ocorre tanto no sentido horizontal como no vertical, e se sobrepõem em alguns pontos. No zoneamento horizontal, que vai da costa para o mar aberto, a distribuição da fauna e da flora depende essencialmente da temperatura da água e da quantidade de alimento disponível. Quanto mais nos afastamos da costa, que é a verdadeira fonte de nutrientes, menos comida estará disponível para a manutenção da vida.

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O meio dos oceanos pode ser descrito como um “deserto biológico”. No zoneamento vertical, que vai da superfície da água até o fundo do oceano, a distribuição biológica depende fundamentalmente da luz do sol. Sua penetração pode chegar até 100 metros de profundidade no máximo, dependendo da claridade e transparência da água, que, por sua vez, é afetada pela quantidade de substâncias minerais e orgânicas dissolvidas, bem como pelo plancton e outras partículas suspensas. Assim, os oceanos podem ser subdivididos em três principais zonas:

Zona Nerítica: faixa do oceano situada acima da plataforma continental, entre a linha de maré alta e a profundidade média de 200 metros. É a região mais próxima da costa, a zona com maior quantidade e variedade de vida. É habitada pela maioria dos peixes que conhecemos, aqueles mais importantes para a pesca comercial e esportiva. A zona nerítica, que está totalmente dentro das águas territoriais brasileiras, pode, ainda, ser subdividida em duas regiões: a Zona Litorânea, entre as linhas de maré alta e baixa, e a Zona Costeira, da linha de maré baixa para fora.

Zona Pelágica: faixa do oceano situada acima da planície abissal, entre as profundidades de 0 e 200 metros. É a região mais afastada da costa e os peixes que lá vivem, chamados de oceânicos, são importantes para a pesca comercial e oceânica. A zona pelágica inclui parte das águas territoriais e todas as águas internacionais.

Zona Abissal: faixa do oceano situada justamente abaixo da zona pelágica e imediatamente acima da planície abissal, entre as profundidades médias de 200 e 5.000 metros. Os peixes que vivem nessas grandes profundidades, chamados de peixes abissais, têm pouca ou nenhuma importância para a pesca.

-Biologia Marinha:
O formato do corpo dos peixes e dos outros seres marinhos é extremamente variável e possui uma intíma relação com seus habitats (locais onde vivem), hábitos, modo de natação e comportamento geral. Em função disso, os peixes e os outros seres marinhos podem ser divididos em três grupos básicos, descritos a seguir:

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Pelágicos: peixes que nadam continuamente na faixa próximo da superfície da água, não possuindo um local específico de moradia. São normalmente fusiformes, migratórios e grandes nadadores. A maioria vive mais afastado da costa, em mar aberto. Muitos não possuem a bexiga natatória. A coloração do corpo costuma ser brilhante com tons azulados ou esverdeados no dorso e flancos e branca no ventre.

Exemplos: dourados, pampos, marlins, enxadas, algumas raias e a maioria dos cações.

Nectônicos: peixes que nadam ativamente, porém mantêm uma relação com o substrato marinho, onde alguns fazem sua moradia (toca). São normalmente comprimidos lateralmente e vivem nas águas costeiras. A coloração de seu corpo, que varia muito, usualmente apresenta pintas, manchas ou listras claras ou escuras com um fundo contrastante mais escuro ou mais claro. Alguns possuem um bom mimetismo com fundo onde vivem.

Exemplos: meros, salemas, budiões, ciobas, robalos e pescadas.

Bentônicos: peixes que habitam e dependem do fundo, em uma extreita relação com o substrato marinho. Não costumam ser bons nadadores. Alguns são comprimidos dorso-ventralmente. A coloração de seu corpo tende a ser escura no dorso e clara no ventre. A maioria apresenta excelente mimetismo com o fundo e alguns são peçonhentos. Exemplo: bagres, linguados, trilhas, mangangás, alguns cações e a maioria das raias.

-Pesca:

Na pesca são usadas várias terminologias para designar o local onde se pesca, os objetivos da pesca ou mesmo qual o tipo de pesca. No entanto, a maioria das pessoas desconhecem ou confundem estas terminologias. Assim, é importante esclarecer e definir algumas das mais importantes.

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A pesca pode ser dividida basicamente em duas categorias:

Pesca Interior: realizada em água doce, como os rios, lagos e represas. Neste caso, não há muito o que se definir, já que a denominação do local é obvia e a esmagadora maioria dos pescadores é amador e esportivo.

Pesca Marítima: realizada em água salgada ou salobra. Com relação a sua natureza, a pesca marítima pode ainda ser subdividida em dois grupos:

A. Relativo ao local onde ocorre a pesca:

1. Pesca Litorânea: realizada nos locais junto à costa, ou na zona litorânea, como as praias, costões, restingas, estuários e lagoas e canais de água salobra.

2. Pesca Costeira: realizada nos locais não muito afastados da costa, ou na zona costeira, dentro dos limites da zona nerítica. Normalmente é realizada com o uso de embarcação, ao largo das praias e costões e ilhas costeiras.

3. Pesca de Alto-mar: realizada nos locais mais afastados da costa, com o uso de embarcação, nas águas oceânicas, ou seja, nos limites da zona pelágica

B. Relativo ao objetivo da pesca:

1. Pesca Comercial: tem o propósito específico da venda ou industrialização do pescado. Pode ser subdividida em duas modalidades:

1.1. Pesca Empresarial: é a pesca costeira ou de alto-mar realizada por empresas do ramo, com embarcação própria. Os peixes são capturados principalmente com o uso de rede de cerco, rede de arrasto, espinhél e linha de fundo.

1.2. Pesca Artesanal: é a pesca litorânea ou costeira realizada por pescadores profissionais embarcados ou não. Os peixes são capturados principalmente com rede de espera, rede de arrastão de praia, espinhél, linha de fundo, tarrafas e vários tipos de armadilha. A pesca artesanal pode, ainda, ser dividida em dois tipos:

1.2.1. Colonizada: realizada por pescadores organizados em colônias ou cooperativas de pesca.

1.2.2. Não-colonizada: realizada por pescadores autônomos.

2. Pesca Amadora: é a pesca litorânea ou costeira realizada por pescadores amadores com o propósito básico de consumo pelo próprio pescador ou para a pequena e eventual venda aos vizinhos e amigos. Os peixes são capturados principalmente com tarrafa, linha de mão e vara de pesca.

3. Pesca Esportiva: é a pesca praticada com o intuito de lazer e para o consumo do próprio pescador. A pesca esportiva pode ser dividida em três tipos básicos:

3.1. Pesca Tradicional: pode ser litorânea ou costeira. Os peixes são capturados com vara e molinete, principalmente nas praias e costões.

3.2. Pesca Submarina: pode ser litorânea ou costeira. Os peixes são capturados com o uso de arpão lançado por arbaletes ou espingardas de pressão, principalmente ao largo das praias e costões e nas ilhas costeiras.

3.3. Pesca Oceânica: é exclusivamente de alto-mar. Os peixes são capturados com equipamentos sofisticados __ lanchas oceânicas (tipo “sportfishermen”) para fazer o currico com vara, molinete e isca artificial.

Texto de Marcelo Szpilman - Biólogo Marinho